Nascida em 1987, na cidade de Barra do Garças – MT, cidade banhada pelos rios Garças e Araguaia, com paisagens naturais abundantes, tenho minhas descendências fincadas em comunidades tradicionais brasileiras – indígena e quebradeiras de coco. Filha de médico e enfermeira, Marco Aurélio Rodrigues Lima (in memoriam) e Maria do Carmo Silva Lima, sou a terceira de quatro irmãos.
Com formação em Ciências Ambientais, na Universidade Federal de Goiás (UFG), e licenciatura em Geografia, pelo Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR). Obtive pós-graduação, mestrado e doutorado em geografia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Foram 2 anos de mestrado, ao qual intitulei a minha dissertação de “Olhares recicláveis: percepções ambientais sobre políticas públicas de resíduos sólidos urbanos: um estudo de caso sobre a coleta seletiva nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR)”. Durante esse período de pesquisa, ao adentrar o universo do lixo, refleti sobre a importância de estudos e pesquisas serem desenvolvidos para extrapolar os muros acadêmicos e irem, de alguma forma, ao encontro de resolução de conflitos existentes em sociedade.
Assim, ao findar meu mestrado, debrucei-me pelo período de um ano para escrever um projeto de doutorado que fosse na direção de realizar uma pesquisa voltada ao planejamento e gestão adequada de resíduos sólidos urbanos, em alguma localidade brasileira desprovida desse sistema. Foi aí que cheguei até Ilha Grande, localidade de beleza única, considerada hoje, inclusive, Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, estando inserida em 4 Unidades de Conservação (Parque Estadual da Ilha Grande, Área de Proteção Ambiental de Tamoios, Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro). Porém, em meio a tanta beleza e riqueza ambiental inexistia um recolhimento diferenciado para a parcela de recicláveis presente no seu lixo gerado.
Com isso, escrevi um projeto de pesquisa voltado para essa questão, no qual fui aprovada. Lá se foram mais 4 anos dedicados à pesquisa e à academia. Como desdobramento do doutorado planejei, estruturei e implementei o Projeto Recicla Ilha, no ano de 2018. O Projeto está ativo até hoje, tendo sido incorporado às atividades da ONG local Brigada Mirim Ecológica da Ilha Grande, onde em 5 anos de existência foram retiradas mais de 35 toneladas de recicláveis, retornando aproximadamente 35 mil reais para a comunidade. Matéria prima que até então era desperdiçada, sendo enviada para o aterro de Ariró, em Angra dos Reis. Conclui no ano de 2020 meu doutorado, tendo a minha tese o título: “Recicla Ilha: uma proposta de gestão para os resíduos sólidos urbanos em Vila do Abraão, Ilha Grande – RJ”.
Desta forma, foi devido a minha relação com a Ilha Grande que em junho de 2022, no mutirão de limpeza de Lopes Mendes, em contribuição ao Dia Mundial do Meio Ambiente, ao qual fui convidada a participar, que conheci o Projeto OPAOMA e seu idealizador. De início já me encantei pelo Projeto, por ter em sua essência uma visão holística, pensando no todo e em todos. E, logo após,fui chamada a ser coordenadora e pesquisadora do Projeto, Projeto que vai de encontro a tudo que eu vinha me esforçando e dedicando desde outrora.
No Projeto OPAOMA, como coordenadora, vivo a oportunidade diária de transmitir e obter conhecimento, de me instigar e inquietar diante dos desafios que são impostos e que surgem ao longo do caminho e de conviver ao lado de profissionais e pessoas íntegras e comprometidas. Como pesquisadora tenho o objetivo de promover novos saberes dentro das questões ligadas ao meio ambiente, principalmente vinculadas às questões dos resíduos e rejeitos, descobrindo as causas e possíveis soluções para os problemas enfrentados e, desta forma, tendo a possibilidade de avançar em estudos dentro dessa área do lixo nos oceanos.
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