Por muito tempo as marcas construíram suas estratégias negligenciando o impacto socioambiental, e buscaram a obtenção de lucro a qualquer custo. É o que conhecemos como economia degradativa, ou economia predatória: um modelo econômico que busca ganhos a curto prazo e lucratividade imediata, à custa da exploração desenfreada dos recursos naturais e sociais. E o marketing, exerceu uma grande influência na difusão desse modelo econômico.
Os impactos negativos sobre o meio ambiente, as comunidades locais e a equidade foram subestimados ou ignorados, e isso resultou no cenário que vivemos hoje: degradação ambiental, crise climática, desigualdade social, e perda de confiança nas instituições empresariais e governamentais.
O que não foi percebido é que, nem mesmo a economia se sustenta dessa forma: a exploração descontrolada de recursos inviabiliza a produção a longo prazo, a falta de olhar crítico barra a inovação, e os consumidores e as novas gerações, especialmente a geração Z, estão cada vez mais conscientes das questões ambientais e sociais: marcas que continuam insensíveis aos problemas globais e alheias às expectativas da sociedade, já enfrentam inúmeros desafios em termos de reputação e relevância.
Lendo a Carta Aberta de Camila aqui no Espaço Neuen, um trecho me fez refletir sobre o meu papel social enquanto comunicólogo e profissional de marketing nesse contexto:
“É no impulso para a ação que a maioria das boas intenções humanas param e não saem do papel.”
E qual a ação que me cabe, dentro da minha área? Aceitar o convite para ser colunista é, para mim, uma forma de compartilhar minha visão e fomentar questionamentos. Engajar mais pessoas e empresas, como Cristian, Camila, Clarice (linkar carta da Clarice) e eu, que acreditam em uma nova forma de agir.
Há algum tempo me dedico a estudar a interseção entre marketing responsável, branding e ESG, um modelo de gestão baseado em três pilares: sustentabilidade ambiental, impacto social, e governança corporativa responsável, e fica cada vez mais claro para mim que quando uma marca busca construir uma conexão verdadeira com a comunidade, pensando para além do produto, deve incorporar os pilares ESG em seus valores. Esses pilares são elementos essenciais para a construção de uma identidade corporativa sólida e significativa, e ao abraçá-los, as empresas se tornam agentes ativos na construção de um futuro melhor, e acima de tudo possível.
Integrar valores de sustentabilidade ambiental, impacto social positivo e governança responsável na estratégia de marca, não apenas impulsiona a confiança e a lealdade do consumidor, mas também estabelece uma base sólida para uma comunidade empresarial mais justa. Mais do que uma estratégia de marketing; é uma oportunidade para as marcas contribuírem com o planeta e as pessoas.
As marcas que servem à esse propósito e buscam um impacto positivo, estarão bem posicionadas para prosperar em um mundo em constante evolução.
EquantNuanto colunista deste espaço, me comprometo a trazer (e buscar!) insights para profissionais e empresas que buscam seguir esse caminho.
Vamos juntos?
#Marketing #Branding #ESG
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Adorei a materia!!! Parabens pela escrita e muito bem vindo pra somarmos forças!!🩵🤍